quarta-feira, 25 de março de 2015



Olá, a todas e todos. Esta é a primeiríssima postagem do blog Reflejo. Desde já, gostaria de agradecer àqueles que ocupem cinco minutinhos do dia para visitar este espaço e compartilhar das ideias e pensamentos que aqui serão lançados.

Para começar esse novo empreendimento, acho que seria interessante tentar esclarecer do que se trata. De maneira geral e bem breve, a ideia central é a de que aqui seja lugar para refletir. Reflejo - palavra espanhola para reflexo, reflexão-, para além de narciso, é uma forma não só de ver, mas também de se rever, se repensar e, então, devolver um olhar crítico para o mundo e as questões que ele nos lança. 

A ideia do nome Reflejo para este blog se relaciona com essa dupla acepção do termo. Para mim, tanto o mundo social quanto o da arte estão constantemente permeados pelo desafio do reflexo e da reflexão, o qual pode ser traduzido pela noção de representação. Refletir o mundo, o outro, a vida parece ser um exercício constante no fazer artístico e na ciência social que parecem estar sempre diante do conflito entre representar como reprodução do mundo tal e qual se nos apresenta (como um reflexo do espelho) ou como elaboração a partir de outros pontos de vista (como reflexão). Esse conflito da representação na arte é fundamental para pensá-la, induzindo a uma série de transformações da mesma ao longo de sua história. Mas essa questão também incide na filosofia, na teoria e no mundo social, visto que contribui também para por em perspectiva nossos próprios modos de existir em sociedade.  É por isso que entendo a noção de Reflejo como importante para elaborar um processo de mirada crítica. 

A questão do reflexo x reflexão (permeada pela representação) suscita, para mim, uma série de questões do tipo: Como representamos o mundo? Que novas representações o mundo da arte está elaborando para pensar o contexto contemporâneo? Que representações sociais do outro fazemos? O que é representar? O que é arte e o que é política? Ambas funcionam ainda a partir da matriz da representação? Como podemos distanciar-nos das nossas próprias representações para pensarmo-nos de maneira distinta? Como a arte faz esse processo de distanciamento para pensar os próprios limites? Essas perguntas não foram feitas com o intuito de serem respondidas, mas de gerar reflexões possíveis e talvez um debate sobre como nos vemos e vivemos no mundo contemporâneo.

Quero deixar bem claro que este espaço está aberto para as mais variadas contribuições, desde que tenham como objetivo esse exercício crítico e reflexivo aqui proposto. Sintam-se convidados a enviarem seus textos para, assim, podermos ampliar o debate. Miremos nuestros reflejos y pensemonos! 

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